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terça-feira, 29 de novembro de 2011

MICHEL THIOLLENT: leitura obrigatória para meus alunos – PARTE 3


Referência
THIOLLENT, Michel. Pesquisa-ação nas organizações. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Questões gerais de metodologia de pesquisa aplicada e de diagnóstico

“A pesquisa-ação é uma proposta que pertence aos métodos de pesquisa social aplicada e, em certos casos, que se aproxima da metodologia de diagnóstico no contexto socioorganizacional.” (THIOLLENT, 2009, p.35).

Thiollent (2009) diferencia pesquisa básica, aquela voltada para o meio acadêmico, da pesquisa aplicada, aquela voltada para solução de problemas.

Embora a pesquisa básica não dispense a pesquisa empírica, segundo o autor, ela não está voltada para a solução de problemas, o que é uma premissa da pesquisa aplicada. Entretanto, “o termo pesquisa-ação não é sinônimo de pesquisa aplicada. Os outros tipos de pesquisa aplicada são métodos de diagnóstico e de levantamento de dados realizados de modo participativo ou não.“ (THIOLLENT, 2009, p.37).

Ressalta o autor que a pesquisa-ação, em seu momento inicial, apresenta características de pesquisa diagnóstico.  Esta, por sua vez, objetiva identificar problemas com base em “sintomas” (termo usado pelo autor). Destaca ainda que o diagnóstico nunca é exaustivo e não necessariamente chega a uma total comprovação.

Além disto, “a parte intuitiva do diagnóstico é considerada como inevitável, mas isso não significa que deva ser deixada ao gosto de cada um, sem exigência de objetividade. “ (THIOLLENT, 2009, p.39).

O consenso, no caso da pesquisa diagnóstico, é dado como resultado de discussões entre especialistas. Para Thiollent (2009), este consenso requer linguagem compartilhada tanto do ponto de vista teórico quanto prático, por parte destes especialistas.

Outro ponto importante acerca do diagnóstico é que “por razões de tempo e de urgência de soluções, usam-se raciocínios simplificados e técnicas não exaustivas. Em outros termos, trata-se de um campo de metodologia particularmente voltada para a heurística.” (THIOLLENT, 2009, p.41).

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