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domingo, 8 de setembro de 2013

Estudos culturais, Deleuze e Foucault: uma caixa de ferramentas para pesquisa.

Transcrevo a seguir as anotações que fiz da palestra "Estudos culturais, Deleuze e Foucault: uma caixa de ferramentas para a pesquisa", proferida pelo professor Cláudio Lúcio Mendes, da UFOP, no VII Colóquio Nacional de Pesquisa em Educação, da PUC Minas.

A transcrição está tal qual como fiz no dia do evento, com todos os riscos que sei que corro de interpretações equivocadas ou mesmo erro de digitação. Entretanto, como a palestra foi ÓTIMA, quero compartilhar este meu rascunho com todos.

Prof. Cláudio Lúcio Mendes
Estudos culturais, Deleuze e Foucault: uma caixa de ferramentas para pesquisa.

A caixa de ferramentas:

ESTUDOS CULTURAIS (um pensamento articulador).
DELEUZE (um pensamento geográfico).
FOUCAULT (um pensamento histórico).

Deleuze:
Não se perguntará o que os princípios são, mas o que eles fazem. Princípio é um conjunto de regularidades. O princípio participa da invenção e das possibilidades.
O princípio participa do plano de imanência. De onde parte o plano. Como um platô.
É um tipo de postulado, mas não uma verdade axiomática. Funciona como um ímã que atrai conceitos.
Planos de imanência são ocupados por conceitos. Nem planos nem conceitos estão por trás dos dados, mas fazendo parte de suas constituições.
Para Deleuze, a razão não existe, mas princípios para os processos de racionalização. Sua criação acontece pelos planos que a possibilita.
Experimentação: possibilidades de uma produção desejante. O desejo não é a representação de um objeto ausente, ou faltante. É ousar criar outras maneiras de pensar. Experimentar é desejar as linhas de fuga nos possíveis.
É não reafirmar sempre aquilo tantas vezes reafirmado. É escapar da mesmice.
Intuição: buscar incessantemente outras formas de conhecer ou desconhecer (no sentido de estranhar) o já conhecido.
A intuição promove não a mudança das coisas, mas permitem entender que existem somente mudanças.
A intuição com base no filosofar, como ato de pensar e teorizar.
Para Foucault uma teoria é como uma caixa de ferramentas. Nada tem a ver com o significante.
Governar é estabelecer uma relação de poder de um homem em relação a outros, segundo Foucault. A escola não governa os alunos, mas alguém, sob o pano institucional da escola, exerce essa relação de poder.
Ator: aquele que age por si mesmo.