Não sou o mesmo cada vez que entro na sala de aula. A todo minuto, parte do meu ser se modifica pelo tempo, pela experiência, pelas descobertas e, talvez principalmente, pelas circunstâncias.
Neste sentido também meus alunos nunca são os mesmos, ainda que na lista de chamada eles estejam lá, grafados como anteriormente. Modificados como eu, passam além de tudo pelas transformações provocadas pela minha presença, pela nossa convivência.
Se assim posso dizer dos meus alunos e de mim, o que não dizer das aulas? Essas sim, mais suscetíveis a tudo e a todos, se mostram cada vez mais flexíveis, adaptáveis. Não sei repeti-las, por muito que eu as tente programar. Elas não são como algoritmos, previsíveis, fechadas, mas como rizomas, abertas, maleáveis.
O que elas contém? Apenas menos do mesmo.