Eu tenho argumentado em minhas aulas da disciplina de
Técnicas de Pesquisa, nos cursos de pós-graduação lato sensu, que a formulação de um problema de pesquisa não é algo
tão neutro como muitos podem crer. Pensamos em um problema a partir de nossa
visão de mundo. É também, em alguma medida, a concepção teórica na qual o
pesquisador está mergulhado.
Diversos termos são usados para essas visões de mundo, como
enfoque da pesquisa (TRIVIÑOS, 1987), paradigma de pesquisa (SANDÍN ESTEBAN, 2010),
quadros de referência (BRUYNE; HERMAN; SCHOUTHEETE, 1991), entre outros.
Diversos são os paradigmas de pesquisa. Somente para indicar
alguns bons autores: Meksenas (2002) aborda o positivismo, marxismo, a
fenomenologia e o estruturalismo. Triviños (1987) mostra o positivismo, a
fenomenologia e o marxismo; Bruyne, Herman e Schoutheete (1991) tratam da
fenomenologia, positivismo, funcionalismo e estruturalismo.
Não é intenção deste livro abordar esses paradigmas.
Entretanto, por motivo didático, vale a pena mostrar, com o exemplo apresentado
por Triviños (1987), que a afirmação que fiz no início deste capítulo se
confirma, ou seja, a formulação de um problema de pesquisa é resultante de um
paradigma, ou de uma visão de mundo (Quadro 3).
 Quadro 3 – Formulação
do problema de pesquisa
| 
Tema: | 
O fracasso escolar | 
| 
Delimitação do problema: | 
O fracasso escolar nas escolas
  estaduais de 1º. grau da cidade de Porto Alegre – RS. | 
| 
Formulação do problema | |
| 
Enfoque Positivista | 
Existem relações entre o fracasso
  escolar das escolas estaduais de 1º. grau da cidade de Porto Alegre – RS – e
  o nível socioeconômico da família, escolaridade dos pais, lugar onde está
  situada a escola, centro ou periferia, sexo dos educandos, anos de magistério
  dos professores e grau de formação profissional dos mesmos? | 
| 
Enfoque Fenomenológico | 
Quais são as causas, segundo a
  percepção dos alunos repetentes, dos pais e dos professores, do fracasso
  escolar e o significado que este tem para a vida dos estudantes que fracassam,
  segundo estes mesmos, os pais e os educadores das escolas de 1º. grau da
  cidade de Porto Alegre – RS? | 
| 
Enfoque Dialético [Marxista] | 
Quais são os aspectos do
  desenvolvimento do fracasso escolar a nível local, regional e nacional e suas
  relações com o processo da educação e da comunidade nacional e como se
  apresentam as contradições, primordialmente, em relação ao currículo,
  formação e desempenho profissional dos professores e a situação de lugar da
  escola, centro ou periferia, dos alunos que fracassam, e especificamente nas
  escolas estaduais de 1º. grau de Porto Alegre – RS? | 
Fonte: Adaptado de Triviños (1987, p. 96-97).
Observe que o tema e a delimitação do problema é o mesmo
para os três enfoques, ou paradigmas. O que muda é a formulação do problema,
conforme a visão de mundo do pesquisador.
Embora as visões de mundo de cada pesquisador direcionem suas
escolhas, acredito que o conhecimento desses paradigmas é mais importante para
professores que orientam trabalhos acadêmicos que para os alunos de graduação
ou pós-graduação lato sensu. Talvez
não seja necessário que os alunos desses cursos apontem em seus relatos de
pesquisa o paradigma que deu origem à formulação do problema. Entretanto, penso
que um professor que orienta trabalhos teria condições melhores de propor
pesquisas aos alunos com os conhecimentos das características desses
paradigmas.
Minha preocupação quando penso em uma pesquisa está em
delimitar dentro de três planos: epistemológico, teórico e técnico.
Para Martins e Theóphilo (2009, p. 5) um “objeto de uma
pesquisa pode surgir de circunstâncias pessoais ou profissionais, da
experiência própria ou alheia”, dentre outras.
Minha experiência pessoal em docência na pós-graduação lato sensu, nos cursos que tenho
trabalhado há sempre um roteiro com uma proposta de pesquisa. Nesses casos, em
uma pós-graduação em Gestão de Pessoas, por exemplo, os alunos vão a uma
empresa escolhida e fazem um diagnóstico de como são os processos de Gestão de
Pessoas na organização pesquisada e apresentam, como resultado da pesquisa, uma
análise do diagnóstico com uma proposta de gestão para a instituição. 
Delimitar um problema de pesquisa como esse que acabei de
exemplificar, assim como qualquer outro, requer que o pesquisador tenha
consciência de suas limitações e dos limites do próprio objeto de pesquisa.
Isso significa que o tema não deve ser tão abrangente que o pesquisador não
consiga dar conta do objeto e nem tão delimitado que as respostas para o
problema sejam óbvias e previsíveis antes mesmo da pesquisa. 
Bruyne, Herman e Schoutheete (1991) consideram que, para
assegurar a cientificidade da pesquisa, ela deve ser pensada como uma prática
organizada em um espaço quadripolar: polos epistemológico, teórico, técnico e
morfológico. De maneira resumida posso afirmar que os componentes de cada um
dos quatro espaços, conforme proposto por Bruyne, Sherman e Schouteete (1991)
são: no polo epistemológico estão a objetivação da pesquisa, a problemática e
propósito; no polo teórico as hipóteses e construção dos conceitos; no polo
técnico estão o método e a coleta de dados; no polo morfológico as regras de
estruturação do trabalho científico. 
Martins e Theóphilo (2009) utilizam esses autores como base
e propõem seis polos: epistemológico, teórico, metodológico, técnica,
formatação/edição e avaliação.  Não
tratarei das especificadas desses seis polos, porque quero propor a formulação
e execução de uma pesquisa sustentada por três planos: epistemológico, teórico
e técnico.
Com base nesse pensamento e tomando como referência um
recorte dos polos apresentados por Bruyne, Herman e Schouteete (1991), a Figura
23 revela a minha proposta. 
Figura
23 – Os três planos da pesquisa
Fonte:
Elaborado pelo autor (2016)
| 
Não confundir planos com capítulos | |
| 
Os planos epistemológico, teórico e técnico não equivalem
  aos capítulos de um trabalho acadêmico.  | |
Para Creswell (2010, p. 134) “na pesquisa em ciências
sociais aplicadas, os problemas se originam de questões, dificuldades e
práticas atuais”.
No plano epistemológico, dentre as possibilidades de
conhecimento gerado pela pesquisa, Martins e Theóphilo (2009) apresentam os
problemas de engenharia que, segundo os autores, podem ser teóricos, de ação e
técnicos. Os problemas teóricos apresentam hipóteses e soluções, sem a
necessidade de uma pergunta sobre adequação a algo. Já os problemas de ação se
referem a perguntas sobre como fazer alguma coisa que pode ser, por exemplo,
uma solução técnica ou uma política a ser implementada. Por último, segundo os
autores, os problemas técnicos tratam da construção de um objeto dentro de
determinadas especificações.
Minha experiência em pós-graduação lato sensu tem mostrado que há uma grande preocupação, na formação
de especialistas, que eles sejam capazes justamente de resolver esses problemas
de engenharia. Por exemplo: em uma pós-graduação lato sensu em Gestão Estratégica de Pessoas, a pesquisa pode visar a
criação de um Plano de Recursos Humanos para uma organização; em uma
pós-graduação em Segurança da Informação, a preocupação está em criar uma
Política de Segurança da Informação para a organização pesquisada. Nesses dois
exemplos considero que se enquadram, perfeitamente, naqueles tipos de problemas
de engenharia que Martins e Theóphilo (2009) chamam de problema de ação.
Leciono disciplina em um curso de Análise e Desenvolvimento
de Sistemas no qual a pesquisa realizada no final do curso tem a preocupação de
gerar uma especificação e construção de um sistema informatizado segundo um
padrão. Nesse caso, considero que a pesquisa se enquadra nos problemas de
engenharia que Martins e Theóphilo (2009) apontam como ações de ordem técnica.
Essa natureza da pesquisa deve ser evidenciada logo no
início de um texto acadêmico que pretende mostrar o que foi pesquisado. Considero,
assim, que o plano epistemológico da pesquisa fica evidenciado já na
introdução.
| 
Extensão da introdução | |
| 
Uma introdução deve ter cerca de duas páginas (DEMO, 2009;
  CRESWELL, 2010).  | |
Creswell (2010, 2014) sugere que uma introdução apresente:
a) o problema de pesquisa; b) os estudos que já abordaram o problema; c) suas
deficiências; d) a importância do estudo em questão e o objetivo. Para o autor,
o termo problema talvez não seja o melhor, porque “talvez ficasse mais claro se
chamássemos de ‘necessidade de estudo’, ou ‘criação de uma justificativa para a
necessidade de estudo. A intenção [...] é apresentar uma justificativa”
(CRESWELL, 2014, p. 111). 
Considerando essa abordagem, darei exemplo de introdução para
uma pesquisa sobre a gestão estratégica de pessoas em um hotel, com o nome
fictício de Marieta, um problema de ação, dentro dos problemas de engenharia
apontados por Martins e Theóphilo (2009). 
O exemplo tem o cunho meramente didático, com o objetivo de
mostrar de que forma os elementos podem ser apresentados, ainda que eu corra o
risco de algum erro conceitual em relação ao conteúdo da área de Gestão
Estratégica de Pessoas. 
No exemplo a seguir elaborei a primeira parte da introdução,
que identifica o problema de pesquisa.
| 
Introdução da pesquisa no hotel Marieta 
a)     
  Definição do problema de pesquisa 
Obs.:
  O número entre parênteses, no início do parágrafo, tem o objetivo didático de
  identificar a quantidade de parágrafos e para que ele possa ser citado na
  explicação do exemplo. | |
| 
1 INTRODUÇÃO 
(1) A Gestão Estratégica de Pessoas na rede hoteleira
  geralmente não é uma das maiores preocupações dos empresários do setor,
  porque a preocupação maior recai sobre o atendimento ao cliente (hóspede) e à
  movimentação financeira que o empreendimento proporciona, mais
  especificamente, o lucro. 
(2) A falta de atenção à Gestão Estratégica de Pessoas por
  empresários do ramo pode ser responsável pelo alto índice de turnover. A pesquisa de Bühler (2009)
  em uma rede hoteleira de Curitiba, no Paraná, evidenciou 86% como índice de turnover na empresa estudada. Lean
  (2015) argumenta que os 31% de taxa de turnover
  neste segmento, nos Estados Unidos, custa caro para os negócios.    
(3) Não apenas o turnover,
  mas o absenteísmo, o clima organizacional, a comunicação, a administração de
  conflitos, a avaliação de equipes, a liderança, entre outros aspectos, são
  componentes da Gestão Estratégica de Pessoas que, se não receberam atenção
  adequada, podem afetar para pior o desempenho da organização como um todo,
  incluindo aí a satisfação dos hóspedes e o lucro, preocupações mais evidentes
  dos gestores deste ramo. | |
| 
Nas
  referências do trabalho deve constar: 
BÜHLER,
  Leslie Vieira. Turnover na hotelaria: estudo de caso da rotatividade de
  funcionários de uma rede hoteleira de Curitiba (PR). 2009. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em
  Turismo, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2009. 
LEAN,
  Guy. Briefing: High staff turnover
  is costly for hospitality businesses. 2015. Disponível em:  | |
| 
Introdução da pesquisa no hotel Marieta 
a)     
  Definição do problema de pesquisa | |
| 
Note, nos parágrafos do exemplo anterior, os elementos do
  problema de pesquisa. Utilizei aqueles que considero como principais
  sugestões de Creswell (2010) para delimitar um problema: 
Parágrafo (1): 
Escrevi uma sentença de abertura
  que estimula o interesse do meu leitor sobre tema. 
Parágrafo (2): 
Trouxe números que podem causar
  impacto para mostrar a relevância da preocupação com o tema. 
Parágrafo (3):  
Identifiquei o problema de
  pesquisa. | |
Creswell (2010) sugere ainda que na apresentação do problema
é importante citar referências que justifiquem o estudo e afirma que é
importante estruturar o problema com uma perspectiva metodológica, mas
considero que esses elementos vão aparecer em outras partes que não essa da
delimitação do problema.
Na segunda parte da introdução, sobre os estudos que abordam
o problema, é importante salientar que não se trata de uma revisão de
literatura sobre o tema. 
| 
Introdução da pesquisa no hotel Marieta 
b) Estudos que
  abordam o problema 
Obs.:
  O número entre parênteses, no início do parágrafo, tem o objetivo didático de
  identificar a quantidade de parágrafos e para que ele possa ser citado na
  explicação do exemplo. | |
| 
(4) De maneira ampla, estudos sobre a Gestão Estratégica
  de Pessoas apontam que ela pode ser vista como vantagem competitiva das
  empresas (LACOMBE, 2005). O foco no planejamento de carreiras com um projeto
  profissional, possibilita às organizações uma visão ampliada de oportunidades
  (DUTRA, 2013).  
(5) Em um estudo com 151 gestores de hotéis na região
  nordeste do Brasil, Barreto (2011) identificou que o grau de implementação da
  Gestão Estratégica de Pessoas atingiu um bom nível, com valor de 7,57 em uma
  escala até 10. Para medir esse grau a autora utilizou uma tabela com 20
  indicadores.  
(6) Em outro estudo, com hotéis da região de Taubaté, São
  Paulo, foram pesquisados cinco empresas, das quais somente duas tinham pelo
  menos um descritivo completo dos cargos (SANTAELLA; SANTOS; RODRIGUES, 2014). | |
| 
Nas
  referências do trabalho deve constar: 
BARRETO,
  Leillianne Michelle Trindade da Silva. Estratégias
  de gestão de pessoas e desempenho organizacional na hotelaria: o papel
  das capacidades organizacionais. 2011. Tese (Doutorado) – Faculdade de
  Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São
  Paulo, 2011. 
DUTRA,
  Joel Souza. Administração de
  carreiras: uma proposta para repensar a gestão de pessoas. São
  Paulo: Atlas, 2013. 
LACOMBE,
  F. J. M. Recursos humanos: princípios
  e tendências. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 
SANTAELLA,
  Liliane Azevedo; SANTOS, Ana Elisa; RODRIGUES, Jorge Luiz Knup. A gestão de
  recursos humanos em empreendimentos do setor hoteleiro na cidade de
  Taubaté-SP. In: Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 10., 2014, Rio de
  Janeiro. Anais... Rio de Janeiro:
  Instituto Siades, 2014. p. 1-15. | |
Com o risco de não conhecer em profundidade o assunto,
estruturei o exemplo anterior com base naquilo que considero importante ser
apresentado sobre os estudos que abordam o problema, nesse momento da introdução,
conforme dica a seguir.
| 
Introdução da pesquisa no hotel Marieta 
b) Estudos que
  abordam o problema | |
| 
Sugiro que, para iniciar, sejam os estudos mais gerais
  (parágrafo 4) para os mais específicos (parágrafos 5 e 6). | |
Como pode ser observado, o parágrafo 4 trata do tema de
forma genérica e nos posteriores tratei do tema em relação ao segmento que está
sendo estudado na pesquisa: o hoteleiro.
Continuando a proposta de Creswell (2010) para a introdução,
vem as deficiências na literatura existente que, embora pelo título possa
parecer que não se trata de falhas, mas “a literatura pode precisar ser
replicada ou repetida [...] ou a voz dos grupos sub-representados não foi
ouvida na literatura publicada” (CRESWELL, 2010, p. 137). 
| 
Introdução da pesquisa no hotel Marieta 
c) Deficiências na
  literatura existente | |
| 
(7) Boas pesquisas na área tratam parte da Gestão
  Estratégica de Pessoas. Borges (2010) entrevistou empregados e prestadores de
  serviços em dois hotéis na cidade do Rio de Janeiro para identificar como as
  relações humanas do trabalho no setor hoteleiro podem contribuir para a
  diminuição de riscos. Vidal e Simonetti (2010) entrevistaram 75 empregados
  para identificar comprometimento organizacional. Piellusch e Taschner (2009)
  investigaram quais indicadores de RH de quatro grandes redes de hotéis estão
  alinhados aos objetivos estratégicos das organizações. 
(8) Independente de como são os resultados dessas
  pesquisas, cada uma analisa uma parte da Gestão Estratégica de Pessoas.
  Abre-se uma possibilidade de estudo que é a investigação de como criar uma
  política de Gestão Estratégica de Pessoas para uma dada realidade, ou seja,
  uma empresa específica, com base no estudo desta. | |
| 
Nas
  referências do trabalho deve constar: 
BORGES,
  Mônica Ferretti Macieira. Cultura
  organizacional e a prevenção de riscos e perdas em hotelaria. 2010.
  Dissertação (Mestrado) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2010. 
PIELLUSCH,
  Marcos; TASCHNER, Gisela Black. Indicadores de RH no setor hoteleiro: um
  estudo nas maiores redes no Brasil. O&S,
  Salvador, v. 16, n. 51, p. 665-686, out./dez. 2009.  
VIDAL,
  Mariana Pires; SIMONETTI, Vera Maria Medina. Comprometimento organizacional:
  um estudo de caso no setor de governança hoteleira. Revista Hospitalidade, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 111-137, jul./dez.
  2010. | |
| 
Introdução da pesquisa no hotel Marieta 
c) Deficiências na
  literatura existente | |
| 
Escrever um ou dois parágrafos apontando outras pesquisas
  que, de alguma forma, abrem uma lacuna para que a sua pesquisa seja
  realizada. Foi o que fiz no parágrafo 7. 
Em seguida, apontada a lacuna, deixar a entender que ela
  será o que sua pesquisa vem preencher. Escrevi no parágrafo 8. | |
Para fechar a introdução, a importância do estudo deve ser
evidenciada juntamente com o objetivo da pesquisa. Para o objetivo, Creswell
(2010) identifica três elementos centrais necessários: o fenômeno a ser
explorado, os participantes e o local.
| 
Introdução da pesquisa no hotel Marieta 
d) Importância do
  estudo e declaração de objetivo | |
| 
(9) O diagnóstico da Gestão Estratégica de Pessoas em um
  hotel específico e a proposição de uma política para tal, considerando a
  empresa estudada, é importante por algumas razões. A primeira delas é o fato
  de possibilitar, à luz de um referencial teórico do tema, identificar como as
  questões são vistas no hotel estudado e o porquê ou de que maneira poderiam
  ser diferentes. Outra razão é possibilitar colocar à prova os referenciais
  teóricos. 
(10) Um estudo como este permite mostrar possibilidades de
  uso da teoria para criação de uma política da Gestão Estratégica de Pessoas
  que, embora fixada para a empresa analisada, abre possibilidades de aplicação
  em outras do mesmo tipo. Também serve de apoio aos profissionais ou
  estudantes que conheçam os elementos teóricos aqui apresentados, mas que não
  tenham tido ainda a oportunidade de colocá-los em prática. 
(11) O objetivo deste estudo é diagnosticar como são
  tratadas as questões ligadas à Gestão de Pessoas no Hotel Marieta, localizado
  na cidade de Contagem, Minas Gerais, para propor à empresa uma Política de
  Gestão Estratégica de Recursos Humanos. Para tal, foram estabelecidos como
  objetivos específicos: 
·        
  Diagnosticar o contexto
  do Hotel Marieta (ambiente externo). 
·        
  Diagnosticar as práticas
  de Gestão de Pessoas existentes na empresa. 
·        
  Formular estratégias de
  desenvolvimento e retenção do capital intelectual para o Hotel Marieta. 
·        
  Formular planos de
  recrutamento e seleção; treinamento e desenvolvimento; avaliação de
  desempenho; remuneração; benefícios; sistema de informação e arquitetura
  organizacional. 
·        
  Formular análise de
  viabilidade econômico-financeira para a política criada.  | |
De forma resumida, as dicas a seguir permitem a formulação
da introdução.
| 
Quadro resumo da formulação da introdução | ||
| 
Elemento
  da introdução proposta por Creswell (2010) | 
Dicas | |
| 
O
  problema de pesquisa | 
· 
  Apresentar uma sentença
  de abertura que chama a atenção para o tema. 
· 
  Trazer números principalmente
  para causar impacto. 
· 
  Identificar o problema de
  pesquisa. | |
| 
Estudos
  que abordam o problema | 
· 
  Citar pesquisas sobre o
  tema. 
· 
  Não é necessário dizer os
  resultados das pesquisas, mas o que elas fizeram. 
· 
  Apresentar pesquisa sobre
  o tema (geral) e sobre o tema no segmento estudado (específico). | |
| 
Deficiências
  na literatura | 
· 
  Deixar claro que o que
  existe, ainda que seja bom, não cobre o que sua pesquisa apresenta. | |
| 
Importância
  do estudo e objetivos | 
· 
  Mostrar a importância do
  estudo diante da lacuna apresentada nas deficiências na literatura. 
· 
  Apresentar os objetivos
  geral e específicos. | |
No plano teórico são apresentadas as questões da pesquisa ou
hipóteses e a sustentação da pesquisa, que é a fundamentação teórica,
propriamente dita. 
Creswell (2010) mostra que as questões de pesquisa não são a
mesma coisa que os objetivos da pesquisa, nem as hipóteses, pois essas são
previsões que envolvem variáveis e estatísticas. Neste livro não sugiro nem
exemplifico hipóteses na pesquisa, porque elas são, segundo Creswell (2010, p.
165) “estimativas numéricas dos valores da população baseadas em dados
coletados de amostras”. E isso não confere com o exemplo que estou mostrando
neste capítulo. Posso tratar do assunto em outro livro.
A questão central da pesquisa é algo que possa ser
respondido pelos objetivos propostos na introdução.
| 
Questão central da pesquisa | |
| 
A questão central da pesquisa é uma pergunta aberta. 
Usar verbos mais exploratórios (CRESWELL, 2010). 
Usar expressões do tipo “Como”, “Por que”, “De que forma”. | |
| 
Questão central da pesquisa  
no hotel Marieta | |
| 
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
Para atender ao objetivo geral desta pesquisa, a seguinte
  pergunta central foi elaborada. 
Como podem ser formuladas estratégias de gestão de pessoas
  que se adaptam à gestão do hotel Marieta, considerando seu ambiente interno e
  externo? | |
Definidos os objetivos gerais e específicos, dada a questão
central da pesquisa, é hora de partir para o referencial teórico.
| 
Elaboração do referencial teórico | |
| 
·      
  Indicar os tópicos ou
  temas que serão abordados para cumprimento dos objetivos da pesquisa e para
  responder à questão central. 
·      
  Apresentar o referencial
  teórico para os temas, preferencialmente quando abordados especificamente
  para a área ou segmento estudado. | |
Não é possível aqui, neste livro, dar exemplo de como seria
um referencial teórico para a pesquisa no hotel Marieta, por questões óbvias do
tamanho que teria o material. Por outro lado, cabe lembrar que, seguindo a dica
apresentada anteriormente sobre a elaboração do referencial teórico, caso seja
dito que para cumprir os objetivos da pesquisa e responder à questão central o
trabalho vai tratar das questões de turnover,
absenteísmo, liderança, clima organizacional, comunicação, dentre outros, abra
uma seção para cada tema e faça a abordagem teórica do mesmo.
Voltando à Figura 23, no plano técnico considero que estão a
estratégia de pesquisa (o método), a técnica de coleta de dados, as análises e
apresentação dos resultados. Esses dois últimos podem ser considerados um só ou
formulados separadamente.
Etimologicamente a palavra método equivale a percurso ou
caminho. Relatar o método de uma pesquisa é dizer como a pesquisa foi ou será
realizada.
É possível que uma pesquisa seja realizada tomando como base
mais de uma estratégia ou método, como afirmam Martins e Theóphilo (2009).
Entretanto, quero crer que uma pesquisa não pode ser tudo,
como fazem alguns pesquisadores nos seus trabalhos acadêmicos. Tenho visto em
trabalhos de graduação e de pós-graduação capítulos metodológicos com
afirmações do tipo: “a presente pesquisa é documental porque analisamos alguns
documentos, é também bibliográfica porque foram pesquisadores autores sobre o
tema; ela é um diagnóstico porque foi realizada uma descrição do ambiente e
análise do mesmo e por fim se trata de uma pesquisa do tipo survey porque foram tabulados dados e
analisados estatisticamente”.
Não dá para dizer que uma pesquisa é tudo isso. Ainda que a
pesquisa tenha optado por mais de uma estratégia, não dá para dizer que ela
optou por todas, ou quase todas. É possível dar uma “cara”, digamos assim, para
a pesquisa, mostrando qual é efetivamente a estratégia que deu a essência para
a pesquisa.
| 
Escolha da estratégica (método)  
para a pesquisa | |
| 
·      
  Definir qual a melhor estratégia de pesquisa: Pesquisa
  documental, bibliográfica, diagnóstico, pesquisa-ação, survey, estudo de caso dentre outras. 
·      
  Caracterizar a estratégia escolhida com base na literatura, ou
  seja, apresentar autores que tratam do tipo de pesquisa definido para a
  pesquisa em questão. 
·      
   Argumentar
  porque a estratégia escolhida é mais apropriada para o propósito da pesquisa
  em questão.  | |
Não é propósito deste livro fazer um estudo exaustivo das
estratégias de pesquisa. Por este motivo, apresento o Quadro 4 com o resumo das
características de algumas delas.
Quadro 4 – Estratégias de pesquisa 
| 
Estratégia | 
Propósito
  e características | 
| 
Documental | 
Tem como principal fonte de dados materiais que não
  foram editados, ou seja, fontes primárias como: cartas, memorandos, diários,
  correspondências,  | 
| 
Bibliográfica | 
Embora seja necessária a qualquer tipo de pesquisa,
  uma estratégia é eminentemente bibliográfica geralmente quando se quer
  apresentar e discutir conceitos como foco central da pesquisa. 
As fontes bibliográficas são chamadas de
  secundárias, como livros, revistas, artigos, dicionários, enciclopédias. | 
| 
Experimental | 
Busca, pelo rigor científico, identificar variáveis
  que se relacionam como causa e efeito. Muito usada em áreas como a Química e
  a Física.  | 
| 
Survey ou levantamento | 
São pesquisas que requerem coletas sistemáticas de
  dados que, geralmente, são tratados estatisticamente. 
Exemplos de survey
  são os censos populacionais e pesquisas de opinião – como eleitorais e sobre
  preferências sobre produtos diversos. | 
| 
Estudo de caso | 
O estudo de caso requer: 
a)      
  A existência de um caso, ou seja, um problema para o qual se procura
  encontrar uma solução.  
b)     
  Que o caso seja analisado exaustivamente. | 
| 
Pesquisa-ação | 
É um tipo de pesquisa na qual os atores participam
  juntos com o pesquisador tanto da definição da pesquisa quanto dos seus
  encaminhamentos. | 
| 
Diagnóstico | 
Visa explorar um determinado ambiente, geralmente
  para levantamento de problemas que podem ou não aparecer.  
Geralmente é adequada ao pesquisador que pretende
  apresentar uma proposta de implantação de uma solução ou política para uma
  determinada organização estudada. | 
| 
Proposição de planos e programas | 
Pesquisa que apresenta solução para problemas já
  diagnosticados previamente, como a criação de um sistema informatizado, um
  plano financeiro, dentre outros. | 
Fonte: Adaptado de Martins e Theóphilo (2009).
Antes de passar adiante, apresento um argumento sobre a
pesquisa do tipo estudo de caso, com o objetivo de desmistificar algo que tenho
visto de forma corrente em trabalhos acadêmicos.   Tem
sido comum alguns orientadores dizerem para seus alunos que o trabalho é um
estudo de caso, com base no simples fato de que a pesquisa tem um local para
sua realização. 
Na perspectiva dessas pessoas, o exemplo aqui apresentado da
pesquisa no hotel Marieta seria um estudo de caso porque “vai estudar o hotel
Marieta”. Existe aí uma confusão de local com caso. Ter um local, em minha
opinião, não significa ter um caso. Se isso fosse suficiente para identificar o
caso, praticamente todas as pesquisas seriam do tipo estudo de caso. Remetendo
ao nosso problema de pesquisa, quero crer que um estudo de caso requer não
apenas a identificação do local e do tema da pesquisa. A afirmação de que quero
pesquisar gestão estratégica de pessoas no hotel Marieta não constitui um caso.
Um estudo de caso, conforme aponto no Quadro 4, requer que exista um problema
de pesquisa muito bem delimitado do qual se quer encontrar uma solução e que o
problema seja estudado exaustivamente.
A pesquisa no hotel Marieta é, tipicamente, do tipo
diagnóstico. Sobre diagnóstico, recomendo ainda a leitura do capítulo 3 de
Thiollent (2009) pois, embora a obra seja sobre pesquisa-ação, esse capítulo
trata das questões de diagnóstico. Ainda sobre esse autor, é uma excelente
fonte para o estudo de pesquisa-ação (THIOLLENT, 2004, 2009).
Definida a estratégia de pesquisa, é hora de identificar a
melhor técnica de coleta de dados para o problema. Não é necessário optar por
apenas uma técnica, pois em boa parte das pesquisas são combinadas mais de uma,
como entrevistas com questionários.
Como este não é um trabalho extenso sobre métodos e coletas,
apresento aqui um quadro resumo (Quadro 5), com base nos textos de Vergara
(2009), que considero uma boa obra sobre o tema. Sugiro que considere também,
como outro bom livro do assunto o de Martins e Theóphilo (2009).
Quadro 5 – Técnicas de coleta de dados 
| 
QUESTIONÁRIO | ||
| 
Conceito | 
Propósitos
  e possibilidades | 
Limitações | 
| 
É uma série de questões ordenadas, apresentadas por
  escrito, sem interação entre pesquisador e sujeitos da pesquisa. | 
·       Indicado quando se quer obter um grande número de
  respondentes. 
·       Mais comum para
  pesquisas que requer tratamento quantitativo. 
·       Úteis quando se quer
  fazer levantamentos (surveys). | 
·       Não é adequado quando
  é necessária uma participação do pesquisador com o grupo pesquisado. 
·       Requer que o
  pesquisador tenha clareza sobre o que quer perguntar. | 
| 
ENTREVISTA | ||
| 
Conceito | 
Propósitos
  e possibilidades | 
Limitações | 
| 
É uma interação verbal
  entre pesquisador e pesquisado. É um diálogo com troca de significados. | 
·       Coletar informações de
  caráter qualitativo que dizem respeito a experiências de vida ou de
  tendências. 
·       O entrevistador pode
  explicar o significado dos questionamentos. 
·       O entrevistador pode
  utilizar estímulos do tipo: o que você quer dizer com "batata
  quente"? Martins e Theóphilo (2009) chamam esses estímulos de Laddering. | 
·       Entrevistado se deixar
  influenciar pelo entrevistador. 
·       Requer tempo por parte
  de ambos: entrevistador e entrevistado. | 
| 
OBSERVAÇÃO | ||
| 
Conceito | 
Propósitos e possibilidades | 
Limitações | 
| 
É uma forma de registrar descrições ou explicações
  de eventos ocorridos no campo. | 
·       Fazer um exame
  minucioso na coleta de dados, que vai além de ver. 
·       No caso da observação
  participante, o observador se torna parte do grupo a ser observado. 
·       Pode servir de
  complemento da aplicação do questionário e também da entrevista. 
·       Permite ao observador
  sentir as emoções, interesses, crenças e outros aspectos do grupo observado. | 
·       Dificuldade de
  aceitação do observador. 
·       Presença do observador
  pode influenciar o comportamento do grupo. | 
Fonte: Adaptado de Vergara (2009).
| 
Instrumentos de coleta nos apêndices | |
| 
·      
  Sugiro apresentar nos
  apêndices os instrumentos de coletas de dados criados, como os questionários
  ou entrevistas, para que o leitor possa saber o que foi perguntado aos
  sujeitos da pesquisa. | |
Outros instrumentos resultantes da coleta de dados podem
ser, por exemplo, documentos, materiais audiovisuais, entre outros. É
importante relatar no trabalho acadêmico quais as fontes de coletas de dados,
para que o leitor não pense que a informação “caiu do céu”.
Elaborados os instrumentos e coletados os dados, chega a
hora de fazer análise dos dados, uma parte importante do plano técnico. Não há
uma regra de como fazer, pois, embora seja óbvio afirmar, cada caso é um caso.
| 
Teoria para um lado e análise dos dados
  para outro | |
| 
Tenho encontrado, mesmo em trabalhos acadêmicos de
  pós-graduação lato sensu, análise
  dos dados coletados completamente desvinculada do referencial teórico
  utilizado. | |
 Não custa frisar, o
referencial teórico deve servir de base para as discussões após a coleta de
dados. A análise deve se dar à luz do referencial teórico utilizado, ainda que
ele seja criticado quando estiver na contramão do que foi encontrado nos
resultados da pesquisa. Mas esse “bate bola” entre resultados empíricos e referencial
teórico é fundamental.
Não vejo também como apontar uma regra, no plano técnico,
sobre a análise dos dados e apresentação dos resultados. Ambos podem ser
realizados em um capítulo apenas ou podem ser vistos como dois processos
distintos: a discussão dos dados e a apresentação dos resultados finais da
pesquisa em outro, que não é ainda a conclusão. Esta, fica para o final, quando
o redator pode apontar as descobertas que a pesquisa demonstrou, assim como
deixar evidente algumas lacunas que possam ser preenchidas em pesquisas
futuras.
Espero ter ajudado ao leitor compreender as normas da ABNT
para elaboração de trabalhos acadêmicos e ter contribuído para o entendimento
de como se constrói uma pesquisa.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023:2002 - informação e documentação – referências -
elaboração.  Rio de Janeiro: ABNT, 2002a.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520:2002 -informação e documentação – citações em documentos –
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002b.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022:2003 - Informação e documentação – Artigo em publicação
periódica impressa – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003a.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028:2003
– Informação e documentação – Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003b.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6034:2004
– Informação e documentação – Índice – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724:2011 – Informação e documentação
– Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024:2012 – Informação e documentação – Numeração progressiva das
seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2012a.
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027:2012 – Informação e documentação – Sumário – Apresentação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2012b.
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