"Não é qualquer um que tem direito a falar, nem todos podem falar de tudo. Há pessoas que falam não para dizer algo, mas simplesmente para garantir seu direito de falar e demonstrá-lo. Por exemplo, como a possibilidade de mandar, de dar ordens, exige uma relação hierárquica, uma autoridade, pode-se dar ordens com o único objetivo de afirmar que se possui autoridade." (MARTÍN-BARBERO, 2004, p.71).
REFERÊNCIA
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Ofício de cartógrafo. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
Um comentário:
Realmente, há que se ter o direito de falar. Mas, muito mais importante é a obrigação de ouvir.
"Dê a todas pessoas os seus ouvidos, mas a poucas a sua voz." Shakespeare , William
Quando nos condicionados à ouvir, fazemos o exercício de respeito ao outro, a compreensão e a humildade de receber uma ideia diferente.
"Nada lisonjeia mais as pessoas do que o interesse que se presta ou se parece prestar àquilo que dizem."
Gide , André
No ensino por exemplo, falar é o imperativo - despejar uma ideia, teoria ou conceito sobre aprendizes - já o ouvir é um exercício nobre.
O única dificuldade encontrada nesse processo todo é que quanto mais achamos que sabemos ou somos, menos queremos ouvir, mais queremos falar.
"Os auditórios não são constituídos por pessoas que ouvem, mas por pessoas que aguardam a sua vez de falar." Karr , Alphonse
Exercite o ouvir com interesse, o calar com humildade e o falar com sabedoria. Verás resultados.
abraço
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