Boa
noite a todos e a todas.
“O
meu respeito de professor à pessoa do educando, à sua curiosidade, à sua
timidez, que não devo agravar com procedimentos inibidores, exige de mim o
cultivo da humildade e da tolerância” (FREIRE, 1996, p. 67).
Essa frase não é minha.
Quem me dera fosse. É de Paulo Freire, no livro Pedagogia da autonomia. Linda
essa palavra “autonomia”. A gente educa para que a pessoa humana se transforme
em sujeito de si. E não se educa sem AMOR.
Vocês, formandos, que
saem do SENAC como tecnólogos em análise e desenvolvimento de sistemas, não se
esqueçam desta palavra: AMOR.
E já que estou falando em
sistemas, sei que vocês estudaram lógica de programação aqui no curso. Do ponto de vista filosófico, lógica tem um
sentido mais amplo: é um conjunto de normas que conduzem nosso pensamento.
Convido vocês para, a
partir de agora, sempre que tiverem que tomar uma decisão lógica, ou seja,
baseada em normas, lembrem-se de que à
lógica duas outras questões devem vir à tona: a estética que são as ideias que
guiam seus sentimentos e a ética, que são os ideais que conduzem seus
comportamentos.
Portanto, decisões
normativas, ou lógicas, devem ser tomadas com sentimentos (a estética) e dotadas
de bom comportamento (a ética).
Decisões infelizes se
baseiam somente em normas ou sentimentos, perdendo de vista a tríade lógica,
ética e estética.
Voltemos então à questão
do amor: quando olhar para quem está ao seu lado, não se preocupe com sua cor,
seu credo, sua condição financeira ou seu status. Olhe para o lado
humano.
Retomando o mestre
Paulo Freire: convido-os a cultivar a humildade e a tolerância, sem perder a
alegria, a perseverança e a vontade de viver em um país mais humano e mais
fraterno.
Parabéns! Saúde na nova
empreitada e muito sucesso aos formandos.
Prof. Eli Lopes.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. 29. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Um comentário:
Bem legal, professor!
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