ENSINAR NA ERA MOBILE-LEARNING
Proferida por: Ana Amélia Carvalho - Universidade de Coimbra
Local: UFPE
Evento: 5o. Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação
Data: 14 de novembro de 2013.
Os dispositivos móveis estão no nosso dia a dia.
Estamos cada vez mais sós, porque estamos na rua e muitas
vezes nem olhamos para quem está a nossa volta, mas ao mesmo tempo estamos
acompanhados, porque estamos conectados, com nossos dispositivos móveis.
Antes para interagir com o computador (ela lembra que em
Portugal eles chamam de rato).
Atualmente é o indicador que tem o poder que o mouse tinha.
A expressão que o Prensky usa, nativos digitais, ajuda a
compreender os alunos que temos hoje.
O que é importante não é a questão de ser nativo digital ou
imigrante digital, mas saber utilizar os dispositivos móveis.
O conceito de apropriação é importante de se compreender,
porque nós possuímos o equipamento, nós personalizamos o nosso equipamento.
Para apropriação ela utiliza Carroll ET AL, 2004, Craig e
Van Lom, 2009, Pachler ET AL, 2010, Ravenscroft e Crook, 2007, Waycott, 2004.
Não é óbvio para os alunos que eles vão aprender com o
celular. Para eles não é para estudar, mas para lazer.
Ele trouxe dados de pesquisas suas que mostram que os alunos
tradicionalmente não usam o celular para aprender.
Muitos professores aprenderam com o uso do livro escolar, do
quadro e do caderno.
“Somos a geração do papel”.
Ela diz que não defende que devemos usar somente os
dispositivos móveis. Não se trata disso. Até mesmo porque nem todos os alunos
possuem os equipamentos.
Ela usou UNESCO (2013) para dizer que as tecnologias podem
expandir e enriquecer oportunidades educacionais para os alunos em diferentes
contextos.
Alguns apontamentos:
- evitar as proibições de dispositivos móveis;
- implementar na formação de professores as tecnologias
móveis;
A portabilidade, interação social, contexto, conectividade e
individualidade são aspectos a serem observados nas tecnologias móveis.
Ela chama atenção, com base em Parsons et AL (2007) sobre a
questão do domínio tecnológico e o domínio pedagógico.
Os termos chaves podem ser a pedagógica, os dispositivos
móveis, o contexto e interações.
Quinn (2011, 2013) fala dos 4 Cs:
- Conteúdos:
Consumo de conteúdos
- Computar:
Interação com as capacidades
computacionais
- Comunicação
Capacidade de comunicação com os
outros
- Captura
Captura do contexto através de
vídeos, imagem, áudio, localização, tempo.
A realidade aumentada ganhará cada vez mais importante em
nossa vida e também na aprendizagem.
Teorias subjacentes ao m-learning:
- Teoria da atividade (LEONATIEV, 1978; ENGESTROM, 1987)
- Teoria conversacional
- Modelo ARCS: atenção, relevância, confiança e satisfação.
- Construtivismo e socioconstrutivismo.
O referencial teórico para integração das tecnologias móveis
no ensino: construtivismo, teoria da atividade e modelo ARCS.
O uso de dispositivos móveis e a diversidade de abordagens:
- Atividade: comportamentalista, construtivista, situada,
colaborativa, etc.
Ela trouxe o conceito de AULA INVERTIDA. É quando o
professor disponibiliza os conteúdos e o aluno estuda os materiais antes da
aula. Sejam estes materiais textos, vídeos, etc.
Neste caso o tempo da aula é para fazer exercícios, para
trabalhar em grupo.
As atividades podem incluir: blog (da turma) ou do
professor.
Ela apresentou um aplicativo de screencast: voki.
Uma sugestão é que os alunos podem ser convidados a
apresentar trabalhos utilizando podcast.
Outras atividades de escrita: microcontos, glossário, de
Ebook.
Consumir e produzir com: Youtube, Picasa, Flickr, Itunes.
Outra idéia interessante é o Geocaching: é uma utilização de
coordenadas de GPS para encontrar caixinhas escondidas.
Mais um recurso: mapas conceituais.
Outra ideia: clickers – são sistemas de votação eletrônica.
Exemplo: WWW.mqlicker.com
O QUIZ também é uma idéia de utilização de móbile study.
2 comentários:
A aula invertida é muito interessante. A responsabilidade fica por conta do aluno em estudar e na sala de aula ele vai tirar dúvidas com colegas e professor. Creio que na rede pública estadual brasileira tal atividade ainda seja um sonho.
Quando leio mobilidade lembro-me imediatamente do Bauman com sua modernidade líquida, cada dia mais consistente... deve ter sido um simpósio interessante, que bom que vc foi meu amigo para depois passar para nós! Abraços sempre!
Patrícia G. Ribeiro
A educação tem caminhado com os dispositivos móveis. E já existe literatura sobre o u-learning (aprendizagem ubíqua), inclusive no Brasil, mostrando que a tendência é a aprendizagem sem barreiras e sem imposição. No blog há um texto sobre o assunto que pode esclarecer um pouco mais: http://educacaonaempresa.blogspot.com.br/2013/11/u-learning-voce-conhece-aprendizagem.html
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