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sexta-feira, 26 de abril de 2013

PENSAR E SENTIR A EDUCAÇÃO



Ler um livro é como ouvir uma música: se aquilo que lemos não nos afeta, paramos a leitura, assim como desligamos o som se a música não nos soa bem. Sem a afetividade não é possível ler nem ouvir. Poderíamos dizer então que uma boa leitura ou uma boa audição pressupõe emoção.

Talvez assim devêssemos olhar para a Educação. Ela é para ser sentida tanto quanto pensada. Por isto a Educação se aproxima muito mais da arte que da ciência. Até mesmo porque a Educação critica o próprio conceito do que é ciência e do que pode ser considerado científico.

Quem pensa Educação e define diretrizes para quem executa, bem que podia fazer com a humildade de um artista que cria uma obra para ser pensada e sentida. Claro que a formalização de processos é necessária e sua normalização também deve ser pensada para que a execução não se dê de forma anárquica.

Se, junto ao pensamento, essas pessoas sentirem a Educação, a presença dos conceitos estará lá, na cabeça e no coração. Não será então necessário recorrer sempre a manuais ou outros dispositivos de armazenamento para recuperá-los, mas no próprio corpo, porque estarão eles, literalmente, incorporados.

Lá, simplesmente lá! Como conceitos pensados e sentidos. E, por ser uma arte, os conceitos na Educação estarão sempre abertos para um novo olhar, uma nova percepção, enfim, para o diálogo.